Os Certificados de Operações Estruturadas (COE) estão ficando na moda. Segundo números da B3, esse tipo de investimento cresceu quase 100% entre janeiro de 2020 e 2021, passando de 3.070 para 6.051 operações. Em valor de emissões, ainda segundo a bolsa de valores brasileira, a modalidade passou de R$ 744 milhões no início do ano passado para R$ 1,2 bilhão no último mês de janeiro.
Além dos números superlativos, a modalidade também tem ganhado a atenção de diversos “analistas de internet”, que recomendam o investimento nesse tipo de produto. Mas como ele funciona? E, principalmente, ele entrega o que promete? Confira!
Pacotão de investimentos
Um dos principais argumentos de venda dos COEs é: “risco zero com rentabilidade acima da média”. Essa frase, por si só, já faz qualquer investidor com um mínimo de experiência ficar mais atento. Outra “característica” do produto, segundo as corretoras que os comercializam, é a de que a modalidade pode trazer ganhos compatíveis com a renda variável, porém com a “segurança da renda fixa”.
No mundo dos investimentos, existe uma máxima básica: “maior rentabilidade significa, proporcionalmente, assumir mais riscos” e é claro que ela se aplica ao COE, apesar das propagandas sugerirem que não. Mas como funciona essa modalidade?
Os Certificados de Operações Estruturadas podem ser considerados como “pacotão de investimentos”. Os gestores reúnem, como em um fundo de investimento, títulos públicos, letras de crédito imobiliárias ou do agronegócio (LCIs e LCAs), ações de empresas brasileiras e até ações de empresas do exterior, como Amazon ou Disney.
Outra característica comum, que classificaria o produto como “zero risco”, é prometer o “reembolso” do valor investido caso os rendimentos sejam negativos. Por exemplo: Você investiu R$ 1.000 em um COE que tem validade de dois anos. Pelas regras do produto, você poderá obter rentabilidade de até 20% ao ano, dependendo do desempenho do Ibovespa no período. Caso o índice supere os 20%, seu rendimento não aumentará. Porém, se a bolsa cair e ficar negativa, você recebe seu dinheiro de volta.
À primeira vista, parece um bom negócio, pois imagine que nesses dois anos a bolsa tenha uma queda abrupta, como a ocasionada pela Covid-19, que chegou a desvalorizar o Ibovespa em cerca de 45% entre fevereiro e março de 2020. Se o vencimento do COE fosse nesse mês, seu investimento retornaria inteiro em vez de menos da metade.
Porém, na prática, nem tudo são flores para os investidores desses certificados
Rendimento abaixo dos títulos públicos
Um estudo realizado pela Escola de Economia de São Paulo da FGV (Fundação Getúlio Vargas) analisou a rentabilidade de 284 Certificados de Operações Estruturadas e concluiu que 90% deles performaram abaixo dos rendimentos do Tesouro Direto, o título de renda fixa mais seguro do mercado e que, por isso, oferece rentabilidade média baixa.
Segundo o levantamento, o maior retorno aferido entre os 50 COEs de maior volume, comercializados entre 2016 e 2019, trouxeram retorno médio de 5,98% ao ano. Já os outros 234 certificados analisados, distribuídos por uma grande corretora entre 2019 e 2020, não retornaram mais do que 4,94% ao ano para o bolso dos investidores. Como referência, o título prefixado do Tesouro Direto, com vencimento para 2031, tem rentabilidade de 9,27%, com risco quase zero, uma vez que se trata de uma dívida do governo brasileiro com o investidor e a probabilidade de um calote do estado é praticamente nula.
Rentabilidade x risco: não tem como fugir!
Para obter maior retorno, os investidores sempre precisarão se expor um pouco mais ao risco. E, aí, não há fórmula mágica: o segredo é aprender a administrar a exposição, diversificando a carteira de investimentos.
Com o P2P lending, o investidor investe na chamada economia real, isto é, em empresas que estão precisando de crédito para crescer. Por meio da plataforma da Money Money, por exemplo, ele tem à disposição um relatório completo sobre a operação das companhias que estão captando, inclusive com a nota que a plataforma dá por meio do seu processo de rating (saiba como ele funciona neste texto). Assim fica mais fácil equilibrar a rentabilidade que se pretende obter com o risco que o investidor está confortável em assumir.
“Na MoneyMoney Invest nós sempre aconselhamos os investidores a buscar o caminho da diversificação. Temos sempre novas rodadas de investimento, com dezenas de empresas captando, oferecendo diferentes graus de rentabilidade. Dividindo o valor do investimento entre diversas oportunidades, o investidor pulveriza o risco, podendo obter ainda rentabilidade superior aos produtos tradicionais de renda fixa”, afirma Marcos Travassos, CEO da MoneyMoney Invest, especializada em P2P lending. Para saber tudo sobre a modalidade, leia este texto!
Embora rentabilidade passada não garanta retornos futuros, com uma carteira bem administrada na Money Money é possível obter rendimentos brutos de até 20% ao ano, já considerando eventuais riscos de inadimplência.
Não caia no marketing dos “pacotões milagrosos” invista em oportunidades reais. Abra já a sua conta na Money Money!