Um modelo de negócio inovador que se utiliza da tecnologia para entregar produtos e serviços com mais eficiência. Por vezes em níveis tão elevados que a inovação se torna capaz de revolucionar um mercado já consolidado ou mesmo criar um novo nicho dentro dele. É este o conceito primário de uma startup, nome dado às empresas desenvolvedoras que vêm aprimorando a forma de gerar novos negócios. Já as chamadas fintechs são startups cujo escopo de atuação é o mercado financeiro. Seu objetivo primário é oferecer soluções inovadoras que contribuam para o aprimoramento do setor financeiro e, deste modo, as fintechs vêm recriando a forma pela qual pessoas físicas e jurídicas lidam com o capital no dia a dia. Grosso modo, toda fintech é uma startup, mas nem toda startup é uma fintech. Com isso em mente, a pergunta: você sabia que pode fazer o seu dinheiro render mais investindo nelas?
Tipos de fintechs
No último levantamento feito pela FintechLab, hub de conexão e fomento para fintechs que atuam no Brasil, em agosto do ano passado, havia 771 fintechs em atuação no mercado brasileiro. Entre estas, empresas focadas em pagamentos, gestão, empréstimos, crowdfunding, blockchain, criptmoedas, seguros e investimentos. Há também as que oferecem duas ou mais modalidades no cardápio.
As startups estão sempre em busca de inovações e novas formas de gerar eficiência ao negócio, especialmente em tempos como o atual, quando a pandemia e a oscilação da economia implicam em um cenário menos favorável para alguns investimentos mais tradicionais. Estes fatores tornam o investimentos nessas startups fintechs uma crescente modalidade, especialmente entre os investidores mais arrojados, que buscam novas oportunidades e diversificação.
Como investir em fintechs?
Para os investidores pessoas físicas há algumas formas de investir nessas empresas. A primeira delas é tornando-se o chamado “investidor-anjo”, no qual é possível investir em uma companhia na qual se enxerga potencial de expansão a partir de R$ 10 mil, a depender da empresa.
O outro método é denominado equity crowdfunding, no qual um grupo de investidores se reúne e aplica em um fundo destinado a financiar os projetos destas fintechs. Neste caso, existe uma predileção dos investidores pelas chamadas cota permutável, por meio da qual é possível tanto optar pelo resgate daquele montante em uma janela de tempo pré-determinada em contrato, quanto na opção pela conversão do valor em efetiva participação naquela companhia. Este é um tipo de investimento mais acessível, com opções para aquisição de cotas a partir de R$ 1 mil.
Há ainda uma terceira possibilidade, venture capital, mas ela é reservada para investidores profissionais/qualificados e demanda aportes que ultrapassam R$ 1 milhão.
Porém, apesar da possibilidade de alta rentabilidade, caso a fintech venha a ganhar notoriedade no mercado, esses costumam ser investimentos considerados de alto risco e baixa liquidez, isto é, o dinheiro que foi aplicado tem o risco de nunca mais voltar ao bolso (afinal, nem todas as startups dão certo). Além disso, o aporte feito não pode ser “retirado” quando o investidor quiser. O investimento vai para o caixa da empresa e pode ser que o retorno só venha – se vier – no futuro. Até lá, o dinheiro fica “preso”.
Como investir em empresas com equilíbrio entre rentabilidade, risco e liquidez?
Com o P2P lending, modalidade que é considerada a nova renda fixa, o investidor aplica em crédito para empresas de diferentes segmentos (incluindo startups). Na Money Money Invest, por exemplo, semanalmente acontecem novas rodadas de investimento, com oportunidades em diferentes níveis de rentabilidade e exposição a risco. Com isso, é possível criar uma carteira equilibrada e que traga possibilidade de retorno acima do encontrado em produtos tradicionais de renda fixa. E o melhor: com o peer to peer, seu investimento terá liquidez, isso porque todo mês você receberá os ganhos trazidos pela rentabilidade, além de uma parte do capital aportado, que pode ser reinvestido para resultados ainda melhores.
Quer saber mais? Confira neste texto como funciona o cálculo de rentabilidade no P2P Lending.
Crescimento acelerado ou controlado?
As chamadas startups unicórnios são as mais conhecidas do público: empresas consolidadas, com valor de mercado acima de US$ 1 bilhão e que, muitas vezes, tiveram um crescimento rápido e exponencial. Nos últimos anos, porém, as unicórnios ganharam a companhia das chamadas startups camelos que, na contramão, buscam a solidificação focadas no longo prazo e de forma gradativa.
Estágios de uma fintech
Startups financeiras que se encontram em todos os níveis de maturidade podem oferecer boas perspectivas de rentabilidade. Cabe ao investidor traçar um perfil do cenário que melhor atende a sua necessidade naquele momento. Há empresas no primeiro estágio, o da ideação, que ainda não entregaram o produto, por assim dizer, ao mercado. Há fintechs na fase de operação, na qual o foco é atingir o cliente, fazer com que a solução proposta alcance o público-alvo; e há as fintechs na fase de escala, no qual o objetivo é atingir um nível de crescimento de mercado pré-estabelecido.
Assim como nas demais modalidades, quanto maior a exposição ao risco assumida, maior a possibilidade de rentabilidade. Cabe ao sensato investidor considerar seu perfil, estratégia e objetivos e, deste modo, encontrar o equilíbrio que melhor componha a sua carteira de investimentos.