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Conheça 5 investimentos alternativos para diversificar sua carteira

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O ano de 2021 não foi fácil para os investidores brasileiros. Quem optou pela renda variável sofreu uma volatilidade muito forte como, por exemplo, em relação às ações na B3, a bolsa brasileira. O índice Ibovespa – cesta imaginária que reúne ações de 90 empresas – caiu 11,93% no ano passado, o pior resultado em seis anos – em 2015, a desvalorização foi de 13,31%.

Investidores mais conservadores também se assustaram com a alta da taxa de juros Selic e os ativos de renda fixa passaram a ser muito procurados a partir do segundo semestre.  Mas, até 30 de dezembro, investimentos atrelados à taxa básica de juros, a Selic, renderam 4,35% no ano. Descontada a inflação, que até à data estava em 10,42%, o rendimento foi negativo.

O desarranjo fiscal nas contas públicas promovido pelo governo federal, a instabilidade político-institucional, o recrudescimento da pandemia de Covid-19, o surgimento de novas variantes, as oscilações de commodities, sinalizações da política monetária norte-americana e a crise do setor imobiliário chinês impactaram o mercado financeiro global em 2021. 

No momento, não há sinais de maior controle ou estabilidade para um futuro próximo. Estamos em um ano eleitoral no Brasil, a cadeia produtiva mundial sofre com a falta de insumos, os EUA sinalizam elevações na taxa de juros para domar a inflação – cujos números foram os maiores em 40 anos – e o coronavírus ainda desperta desconfianças.

Então, para os próximos doze meses, por que não procurar investimentos alternativos? Sem esquecer que, por via de regra, a diversificação da carteira mitiga riscos de perdas, conheça ativos que podem oferecer rentabilidade real, com segurança próxima aos produtos da renda fixa, sem a volatilidade da renda variável.

NFTs

Os NFTs, sigla em inglês para tokens não-fungíveis, são um código – ou chave – de computador que serve como autenticação de um arquivo – com a garantia de sua autenticidade, sem réplica. Os valores desses “arquivos” são subjetivos e, em geral, são obras de arte, músicas, vídeos e outros produtos de consumo como gifs e memes. 

Por exemplo, o comprador que adquire um gif ou link de um vídeo não recebe a reprodução do mesmo na transação, mas sim o arquivo original desse ativo, com o NFT – o código que garante sua exclusividade.

O impacto dos NFTs tem sido tão grande que mesmo os games se adaptam a essa nova realidade. Em jogos de realidade virtual, como Axie Infinity, jogadores se entretêm e ganham criptomoedas enquanto jogam.

Nele, os jogadores cuidam de monstros virtuais que são criados para batalhar. Para iniciar no game, você precisa montar um time de até três monstros virtuais. Entretanto, você precisa comprar de alguém que já esteja na plataforma e, com a alta demanda por esse investimento alternativo, os valores por cada monstro chega a US$ 250. Ou seja, para ter os três e iniciar o jogo, seria necessário desembolsar uma quantia em torno da casa dos R$ 6.000.

Em outubro, o Axie Infinity chegou à marca de 2 milhões de usuários diários na plataforma. 

E esse movimento já chama a atenção de gigantes tradicionais de games como Atari, Nintendo, Electronic Arts, Activision Blizzard (recém adquirida pela Microsoft) e Ubisoft.

Créditos de carbono

O segmento de créditos de carbono também chama a atenção de investidores mais atentos às novidades do mercado. O carbono tem sido apontado como a commodity do futuro por alguns especialistas.

Créditos de carbono, ou Redução Certificada de Emissão (RCE), são cotas que atestam e reconhecem a redução de emissões de gases do efeito estufa (GEE), responsáveis pelo aquecimento global. 

Essas unidades de medida correspondem, cada uma, a uma tonelada de dióxido de carbono equivalente (tCO2e) e calculam um possível valor de comercialização mediante a redução de GEE. 

São certificados utilizados por empresas, e até mesmo indivíduos, para compensar o quanto emitem de carbono e seu impacto negativo no meio ambiente.

Alguns exemplos de ações que podem resultar na criação de créditos de carbono, para países e empresas, são o reflorestamento de uma área degradada, o investimento em tecnologias ambientais ou a substituição de uma fonte de energia suja por uma fonte limpa.

Para regular esse mercado no Brasil, tramita no Congresso Nacional o Projeto de Lei 528/2021, de autoria do vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM).

O mercado de créditos de carbono movimentou em todo o mundo, somente em 2020, 229 bilhões de euros – aproximadamente R$ 1,5 trilhão -, com um crescimento de quase 20% ano a ano e um número 5x maior que o apurado em 2017.

Na Europa, onde esse mercado foi regulado há cerca de quinze anos, e que concentra 90% do valor global dos créditos de carbono, houve negociação de um volume de 10 bilhões de toneladas de CO2 somente no ano passado. 

Para comprar um crédito de carbono, você pode utilizar plataformas como a Moss.Earth, adquirir cotas de ETFs no exterior que invistam nesses ativos ou de fundos no Brasil que replicam a estratégia de fundos de índices que os compram.

Royalties musicais

Essa modalidade de investimento começou a ganhar tração no Brasil após a criação das primeiras plataformas de crowdfunding e da regulação pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários).

As empresas que realizam esse tipo de operação possuem um catálogo de canções. O investidor paga um valor pela música que escolhe e, em troca, o artista cede o direito de receber os royalties a ele toda vez que o som for reproduzido em shows, apresentações na televisão e mídias digitais, nas rádios e em plataformas de streaming. Essas transações ocorrem por meio da venda de Cédulas de Crédito Bancário (CCB).

Concluída essa etapa, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD) repassa o valor para a companhia e/ou aos investidores, que se tornam os verdadeiros proprietários intelectuais das obras durante até três anos e essa autorização pode ser renovada.

Nesse tipo de investimento, o retorno ocorre mensalmente e depende exclusivamente do número de reproduções da música durante o tempo em que o investidor detém os royalties. Basicamente, quanto mais for ouvida, maior será seu valor. 

Vinhos finos

O mercado de vinhos finos também chama a atenção de investidores e tem ampliado o acesso a mais possíveis interessados, por meio das plataformas de crowdfunding. Assim, qualquer pessoa pode participar das captações lideradas por companhias especializadas em selecionar os rótulos que têm maior poder de valorização em curto prazo.

Após a escolha do rótulo, a gestora traça o plano de investimento, mediante os objetivos de rentabilidade e prazo estipulados em conjunto e acompanha seu ativo até a liquidação do patrimônio. 

Essas gestoras especializadas também acompanham as tendências do mercado, para perceber qual o momento certo para vender o seu vinho fino, se essa for a intenção. Até mesmo onde os rótulos serão guardados são definidos em consenso, se nas instalações protegidas da marca ou no local que melhor convém ao investidor.

No mundo inteiro, esse mercado movimentou US$ 326,6 bilhões em meio à pandemia de Covid-19 e conta com projeções de crescimento anual composto de 4,2% nos próximos sete anos, de acordo com dados da Business Wire.

P2P Lending

Criado em 2005 no Reino Unido, o Peer to Peer (P2P) Lending foi implementado com sucesso na Europa e Estados Unidos antes de ser regulado pelo Banco Central no Brasil em 2018, por meio da resolução nº 4.656.

Essa modalidade conecta pessoas físicas interessadas em investir, e buscam rentabilidade acima da média de mercado, e empreendimentos que precisam de recursos para financiar seus projetos, já que o P2P oferece juros mais acessíveis do que os oferecidos por bancos tradicionais.

Por intermédio das ofertas disponíveis na plataforma de P2P lending da Money Money Invest, por exemplo, os investidores têm acesso a uma lista de empresas que buscam financiamento.

Cada opção reúne rentabilidade, prazo de pagamento e condições contratuais distintas. Desse modo, o investidor pode cuidadosamente selecionar o cenário que melhor atende às suas necessidades. 

Plataformas especializadas como a Money Money Invest intermedeiam o negócio, que disponibiliza para pequenos e médios empresários valores de até R$ 500 mil. Os empréstimos podem ser pagos em até vinte e quatro meses, com taxas médias mensais de 1,15% a 2,42%, mas estas são avaliadas caso a caso.

Já para o investidor, a taxa de retorno fica entre 15% e 40% ao ano. Bem acima da taxa básica de juros, referência para investimentos de renda fixa como o Tesouro Selic, que está em 9,25% ao ano.

“Nossa missão é criar oportunidade de crescimento para as empresas e uma opção atraente para quem quer investir de forma diversificada com possibilidade de alta rentabilidade e exposição controlada ao risco. Ao criarmos essa ponte, todos os lados ganham”, afirma Marcos Travassos, CEO da Money Money Invest.

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