Apesar das expectativas otimistas do mercado financeiro para 2021, o ano foi negativo para a B3, a bolsa brasileira. O Ibovespa, seu principal índice, encerrou o ano com um recuo de 11,93% – o pior resultado desde 2015, quando amargou uma queda de 13,31%.
As boas perspectivas para a retomada econômica, que eram praticamente predominantes nas análises do primeiro semestre, não apenas não se confirmaram, como foram revisadas negativamente à medida que novas pressões políticas, fiscais, inflacionárias e de ordem internacional afetavam a situação macroeconômica do país.
A taxa básica de juros Selic chegou a 9,25% ao ano,7,25 pontos percentuais a mais do que no início de 2021. Nas atas de reuniões, o colegiado do Comitê de Política Monetária do Banco Central justificava os acréscimos à taxa como uma tentativa de domar a inflação brasileira.
Os preços de alimentos e serviços essenciais subiram ao longo do ano em razão da crise hídrica, da escassez de insumos em escala global e devido ao recrudescimento da pandemia de Covid-19 que caminha para o seu terceiro ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi a dois dígitos e encerrou 2021 a 10,06%, o maior aumento desde 2015 (10,67%), e superou em muito o teto da meta de inflação (5,25%) — o centro era de 3,75%.
Os principais eventos que afetaram a Bolsa em 2021
2021 foi um ano que já começou à sombra do que os mercados sofreram em 2020. O temor de uma segunda onda de Covid-19 – que se confirmou – fez com que os investidores fossem mais cautelosos, à medida que cenas dramáticas como a falta de oxigênio para pacientes contaminados em Manaus (AM) ocupavam o noticiário e a média móvel de óbitos em razão do vírus chegavam a mais de 2.000.
O pior momento da pandemia passou em meados de junho, quando o Ibovespa monitorava esse alívio na situação epidemiológica e subia fortemente. O índice acumulou ganhos de 6,72% no primeiro semestre e chegou a romper a marca dos 130 mil pontos – foi projetado, em avaliações mais otimistas, para alcançar até 150 mil pontos ao fim do ano.
Mas a situação mudou no segundo semestre. No âmbito da crise sanitária do coronavírus, as variantes Delta e Ômicron ainda assustaram e muito os mercados globais – a última ainda tem sido monitorada com desconfiança por agentes financeiros, apesar de parecer mais branda.
Ainda com os olhos no exterior, as preocupações com a gigante incorporadora chinesa Evergrande, que penalizou os preços de minério de ferro (importante à Vale e siderúrgicas), e sinalizações do Federal Reserve em favor de uma redução do tapering – política de estímulos à economia norte-americana – com a adoção de elevação às taxas de juros permaneceram no radar.
Ao longo do ano, o índice também oscilou fortemente mediante às declarações do presidente Jair Bolsonaro (PL), que demonstrava intenção de interferir em estatais – sobretudo a Petrobras.
A empresa, com o percentual de suas ações ordinárias e preferenciais somadas, representa 10,242% do peso no Ibovespa atualmente. O presidente chegou a cogitar mudança na política de preços dos combustíveis, sugeriu que a empresa entraria em processo de privatização quando não havia sequer estudos para essa operação e atacou também a publicidade da estatal.
As questões fiscais se deterioraram no período. O governo protagonizou um desarranjo fiscal que foi recebido negativamente pelos investidores. A Economia determinou a prorrogação do auxílio emergencial até o mês de outubro e a substituição do programa social Bolsa Família pelo novo Auxílio Brasil, a R$ 400,00 – o benefício passa a atender 17,5 milhões de famílias a partir da próxima terça-feira (18).
O mercado via com maus olhos também os esforços do governo, em véspera de ano eleitoral, para ampliar os gastos. O plano foi concretizado com a aprovação da PEC dos Precatórios, que adia o pagamento de sentenças judiciais e fura o teto de gastos públicos. O texto permitiu a abertura de um espaço fiscal de R$ 106,1 bilhões no Orçamento de 2022.
Além do Auxílio Brasil, o governo anunciou outro programa que deve utilizar o montante obtido: o “vale-gás”, benefício de R$ 52,00 que deve estar disponível aos demais inscritos no Cadastro Único também a partir da próxima terça-feira (18) com pagamentos bimestrais.
Uma outra parcela do orçamento foi direcionada ao reajuste salarial das forças de segurança, num impasse ainda não solucionado porque outras carreiras do funcionalismo público também manifestaram interesse por aumentos.
Comece 2022 com uma rentabilidade acima do comum com o P2P Lending
A exposição da carteira a ativos de renda variável, como as ações, em geral, garante maior rentabilidade – o que exige do investidor uma tolerância maior ao risco. Mas e se houvesse uma modalidade de investimentos segura que fosse capaz de anular o efeito depreciativo da inflação e de outros eventos sobre o seu patrimônio?
Criado em 2005 no Reino Unido, o Peer to Peer (P2P) Lending foi implementado com sucesso na Europa e Estados Unidos antes de ser regulado pelo Banco Central no Brasil em 2018, por meio da resolução nº 4.656.
Essa modalidade conecta pessoas físicas interessadas em investir e empreendimentos que precisam de recursos para financiar projetos, por intermédio de ofertas disponíveis em plataformas como a Money Money Invest.
Aos tomadores de empréstimos, a modalidade oferece juros mais acessíveis do que os oferecidos por bancos tradicionais. Aos investidores, rentabilidade acima da média de mercado.
Cada opção reúne rentabilidade, prazo de pagamento e condições contratuais distintas. Desse modo, quem realiza o aporte pode selecionar criteriosamente o investimento que melhor atende às suas necessidades.
Além disso, o P2P se caracteriza como um investimento de curto e médio prazos (em caso de reaplicação, até mesmo de longo prazo). São indicados para quem busca proteção contra a inflação e uma diversificação que mantenha a carteira bem equilibrada.
Sem volatilidade da Bolsa e com alta rentabilidade
A rentabilidade varia entre 12% e 28% ao ano, a depender do contrato e do próprio investidor aplicar novamente seus recursos na plataforma, enquanto as empresas listadas em Bolsa sofrem com a volatilidade diária no valor das ações.
A plataforma da Money Money Invest exclui empresas que têm maior possibilidade de não honrar os compromissos financeiros e, assim, o sistema de rating torna possível uma baixa inadimplência.
“Para uma carteira que pode pagar 20% de rentabilidade, trata-se de um risco equivalente muito baixo, por isso o P2P é considerado como ótima alternativa à renda fixa tradicional”, explica Marcos Travassos, CEO da Money Money Invest.
“O risco de investir em crédito privado, como o P2P, está somente na saúde financeira da empresa. Quando você investe em ações ou na renda variável em geral, o risco é o desempenho econômico da empresa, conjuntura da economia e muitos outros fatores que diariamente fazem as ações subirem e descerem. A saúde financeira é só mais um requisito”, conclui o executivo.
Outros atrativos são: ausência de taxa de administração e valor mínimo de aporte acessível para começar a investir (R$ 500).