Com o juro em 13,75%, a renda fixa ganhou destaque entre os investimentos mais atraentes do mercado.
Por se tratar de investimentos mais seguros, com liquidez e bom rendimento, a renda fixa atrai os investidores, inclusive podendo tirar aqueles que estão na renda variável.
Acompanhe e conheça se vale a pena tirar dinheiro da bolsa para colocar na renda fixa.
Entenda mais sobre a renda fixa
Como o nome já diz, a renda fixa são os investidores que possuem previsibilidade de rendimento. Ou seja, antes mesmo de comprar o título, o investidor já conhece qual será o rendimento recebido pela aplicação.
Por exemplo: a letra do Tesouro Selic, que paga 100% da variação da Selic mais uma taxa de juro prefixada de 0,1% ao ano, vai pagar Selic +0,1% ao ano.
Já um CDB (Certificado de Depósito Bancário) que rende 110% do CDI (taxa do Certificado de Depósito Interbancário) vai render a variação de 110% do CDI.
Nesse caso, o CDI atualmente está em 13,65%, portanto, 110% são equivalentes a 15,02%, aproximadamente.
Dentre outras características que podem ser associadas à renda fixa está a liquidez e segurança.
A maioria dos títulos de renda fixa conta com liquidez diária. As letras do Tesouro podem ser negociadas a qualquer dia da semana, sem problemas. Já o CDB, título bancário mais negociado, costuma ter liquidez diária.
Mas também há bancos que negociam títulos de liquidez restrita no vencimento. Porém, os grandes bancos costumam dar mais prioridade ao CDB de liquidez diária.
Já a segurança vem do Tesouro Nacional (letras do Tesouro) e do FGC (Fundo Garantidor de Crédito) para os títulos bancários, como o CDB, LC (Letra Cambial), LCI (Letra de Crédito Imobiliário) e LCA (Letra de Crédito do Agronegócio).
Destacando que o FGC garante até 250 mil reais por instituição e CPF. Há outros produtos de renda fixa que possuem certa segurança e liquidez, mas não similares às letras do Tesouro ou aos produtos bancários. Bons exemplos são os CRI e CRA (Certificado de Recebíveis Imobiliários e do Agronegócio) e as debêntures.
Ambos os títulos costumam ser negociados em bolsa ou por meio das plataformas das próprias corretoras. A rentabilidade é conhecida antes mesmo do investimento, mas as garantias e liquidez podem ser mais “limitadas”.
Entenda o mercado de ações
No mercado de ações não existe previsibilidade de rendimento e tão pouco garantias, como o Tesouro Nacional ou FGC.
Por exemplo: existem empresas que tinham ações em bolsa que acabaram registrando problemas de insolvência e até falência e que o valor das ações “derreteu” na bolsa.
Um exemplo é a OGX Petróleo (OGXP3). A empresa chegou a figurar entre as mais valiosas da bolsa, inclusive conquistando posição de destaque no índice Ibovespa, porém, diversos problemas acabaram influenciando negativamente a empresa e a mesma derreteu, gerando perdas milionárias aos seus acionistas.
Outra companhia que também derreteu com o passar dos anos foi a Oi. A companhia telefônica já chegou a ser relevante no Brasil e hoje está avaliada a centavos na bolsa.
Por outro lado, há casos muito interessantes de companhias que ganharam valor muito acima do que a renda fixa pode proporcionar.
Um excelente exemplo é a WEGE3 (WEG Motores). A companhia com sede em Santa Catarina se valorizou em mais de 270% nos últimos cinco anos.
Outra firma que gera excelentes resultados os seus acionistas é AGRO3 (Brasil Agro). A companhia com atividade no agronegócio gerou valorização superior a 130% nos últimos cinco anos.
Com essa volatilidade, que pode gerar perdas, como ganhos, a renda variável se difere da renda fixa e pode oferecer oportunidades de ganhos acima da média.
Além das ações, a renda variável é composta por outros ativos, como:
· Fundos imobiliários;
· Opções e demais derivativos;
· ETF (fundos de índices);
· BDR;
· Dentre outros.
Todos os ativos são negociados em bolsa e não possuem nenhuma garantia com relação à rentabilidade, sendo possível registrar prejuízos ou lucros com o investimento.
A importância da diversificação
A diversificação é essencial na hora de mitigar a volatilidade de uma carteira com ativos de renda variável.
Ao investir em produtos de renda variável, a carteira vai acabar tendo certa volatilidade. Mas o grau de volatilidade vai depender do balanceamento da carteira.
Por isso, antes de construir uma carteira, faça uma análise de perfil e descubra qual é o seu perfil de investidor.
Todas as corretoras e bancos costumam fazer um formulário digital, onde o cliente preenche e ao final, conhece qual é o seu perfil.
Conforme o seu perfil, o investidor terá condições de construir uma carteira com balanceamento adequado.
Assim, a diversificação e consequente volatilidade da carteira serão adequadas ao perfil do investidor. Pois, quando a carteira tem uma boa distribuição de setores de investimentos, quando algum setor passa por um momento de volatilidade, o investidor não sente tanto.
Quando vale mais a pena ter mais renda fixa do que ações?
A partir do momento em que o juro tem sinais claros de alta, o momento se torna mais interessante para renda fixa.
Além da tendência do juro, o investidor precisa acompanhar de perto a inflação. Quando a inflação está em alta, é comum ver o Banco Central se manifestar em prol de juros maiores e isso é geralmente acompanhado por expectativas de alta da Selic e consequente aumento da taxa de juro.
Momentos assim costumam permanecer por longos períodos e podem gerar bons ganhos ao investidor.
Depois, quando existe a estabilização dos juros com sinais claros de inflação na meta, a tendência se altera e é provável que o juro seja cortado e a bolsa comece a se tornar mais atraente.
De qualquer forma, além de ficar atento aos sinais do mercado, é importante diversificar a carteira, tendo uma visão de longo prazo, para conseguir aproveitar as oportunidades que surgirem, tanto na renda fixa quanto na variável.
Até porque analisando o histórico da renda fixa e da renda variável, houveram muitas oportunidades que só quem acompanha consegue aproveitar.
Uma resposta
Achei excelente!